segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O mal que nos aflige


 

Texto de Grazielly do Nascimento





Ontem depois de chegar de um momento abençoador do congresso "#quero esse amor nos TT´s”, recebi uma notícia de amigos queridos que me deixou entristecida junto com eles, lembrei-me que em menos de um ano era a segunda vez que recebia uma notícia daquele porte sobre outras pessoas, dessas que nos deixa um pouco estarrecidos, do tipo nunca pensei que... isso porque nos esquecemos de que como homens e mulheres temos muitas fragilidades e quando menos esperamos e em qualquer bobeira ou esperteza dependendo do ponto de vista, somos golpeados pela vida.
Há fatos que acontecem com conhecidos, amigos familiares, que nos entristecem, mas que nos comovem de forma peculiar, tais como incidentes de doenças, acidentes, morte, etc., outros, no entanto, possuem peso redobrado para a família de quem vive determinada situações, junto ao misto de desespero, angústia e dor há um forte sentimento de vergonha e a forma como as pessoas olham para o sofrimento dessas pessoas quase sempre contém por trás certo julgamento...  Isso me fez refletir, fiquei certo tempo olhando para minha própria vida, para minha família e conversando com Deus, sim eu acredito em Deus, abro um parêntese para citar a frase do Pr. Christian Doerzbacher: Jesus deixou de ser para mim uma tese filosófica, quando passou a ser realidade em minha vida”, e isso não dá para explicar com palavras. Retomando o assunto que me fez escrever esse texto, com essa notícia a primeira atitude que tive, foi pedir a Deus que consolasse aquela família, o desespero daquela mãe, que recebessem a paz que excede todo conhecimento, aquela que só Deus pode dar e independe das circunstâncias: E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus (Filipenses 4:7).
Depois fiquei pensando em como prever certas situações, como nos proteger de tantas ciladas e armadilhas que podem de súbito roubar a nossa paz de espírito, como ensinar nossos filhos de forma que os valores não sejam corrompidos a despeito de qualquer situação?
Sem dúvida, os dias que vivemos são trabalhosos e qual tem sido nossa maior preocupação? No que temos investido nossa força e juventude? Através disso o que temos transmitido aos nossos filhos e como transmitir o que queremos da maneira certa e equilibrada?
O que é mais importante para mim? E para você? E o que tem sido na prática o mais importante para mim e para você?
Ao refletir, percebi que muitas vezes o mais importante fica no plano do ideal, porque na prática nos preocupamos com coisas que nem de perto deveriam se tornar o mais importante de nossas vidas, e isso em muito tem a ver com o materialismo latente em nossa sociedade que nos alicia capciosamente e faz com que gastemos boa parte do nosso precioso tempo preocupados com questões materiais, aí perdemos o foco, e nossos filhos passam a absorver esses valores não só em casa, mas na escola, no trabalho e até mesmo na igreja, o velho clichê: o ter em detrimento do ser. O descontrole financeiro e emocional que se dão em função de querer e não saber esperar, também podem nos levar ao desespero e a escolhas cujos caminhos parecem suaves e doces, mas que no final se tornam amargos como a morte. "Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte" (Prov. 14:12).
 Outra questão que considerei, é que quantas vezes permitimos que fatos triviais que nos chateiam,  passem a ocupar proporções maiores do que a merecida em nossa vida, mente e coração, fiquei olhando aquela situação e confesso que me senti meio ridícula por ver em quantas vezes fiquei abatida por “bobeiras”, não sei se isso acontece com você que esta lendo esse texto, quantas vezes dei muito valor a situações, que, como diria minha pequena sobrinha de três anos: “nada a ver tia”, quantas vezes perdemos nossa paz de espírito por questões pequenas e que deveríamos apenas deixá-las para traz?
Para concluir, sabemos que os tempos de adversidades ora ou outra nos afligem, o evangelho não promete uma vida de prosperidade da forma como é apregoada por alguns, também não nos garante sermos intocáveis quanto às aflições, Jesus nos ensinou que nesse mundo teríamos aflições, mas que assim como ele venceu, com ele venceremos. Em minha vida já passei por algumas terríveis dificuldades. O que importa é como reagimos frente a esses momentos, “o que importa não é o começo e sim o final”.  (Christian Doerzbacher). Sempre é possível recomeçar e escrever uma nova história.
"Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo". João 16:33. "Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR o livra de todas". Salmos 34:19.
Durante esse momento de reflexão tentando encontrar respostas para os meus muitos por quês,  decidi que eu quero ter um coração sadio, que ame a Deus sobre todas as coisas, que ame os meus como eles merecem ser amados, que ame ao meu próximo, que seja perdoador e menos arrogante, humilde de verdade, que se compadeça do sofrimento das pessoas, que pare de julgar, e que se preocupe com aquilo que realmente tem valor. Esse é para mim um difícil exercício, já que amar como tenho aprendido não é um sentimento e sim atitudes e não ser ansiosa também demanda uma escolha e um difícil exercício que quero praticar. Quero esse amor e essa paz, quero maturidade e fazer aquilo que é correto e agradável perante o meu Deus, do mais Ele cuidará, há perguntas para as quais não encontramos respostas e ponto, não quero lançar julgo pesado sobre as pessoas!
Não vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.
Mateus 6:34.