segunda-feira, 25 de julho de 2011

Vem ser Feliz!

Primeiramente quero agradecer a todos que me acompanham nesse blog. Minha intenção era somente ter um espaço para registrar algumas idéias. É muito legal ver que o pessoal se interessou. Muitos concordando, outros discordando. Alguns comentam e outros apenas lêem.  Valeu mesmo.


Como perceberam, não consegui manter a média de um post por semana.  Mas resolvi que não vou ficar forçando para ter idéias de novos posts. Os textos vão surgindo de acordo com o que acontece no cotidiano.

O tema de hoje “Vem ser Feliz” foi um assunto que discutimos num pequeno grupo de amigos, num churrasco que aconteceu em minha casa há alguns dias.
Meu irmão Ângelo me pediu para fazer uma pequena reflexão. Estava tudo preparado quando no dia da reunião ele me disse que o tema do estudo que havia preparado, já havia sido debatido por eles recentemente.
Fiquei o dia pensando no que fazer, quando me veio o tema “A banalização da Felicidade”. Coloquei umas idéias no papel e fizemos a discussão com o grupo. Foi mais ou menos assim:
Pra começar, a Felicidade é um estado contínuo ou momentâneo? As pessoas são felizes ou ficam felizes em alguns momentos?
Alguns disseram que se consideram felizes, apesar dos problemas. Outros disseram que temos na verdade, momentos felizes.
As pessoas que citaram essa felicidade contínua disseram que isto está profundamente ligado a presença de Deus nas suas vidas.
Depois, falamos sobre como a felicidade tem sido usadas pelas empresas para vender seus produtos: quem não conhece os slogans:
- Vem ser feliz!  - Segundo essa loja, comprar seus produtos é o segredo da felicidade.
- Lugar de gente feliz- Só entrar nesse supermercado já te deixa feliz
- O que faz você feliz? – Com esse cartão de crédito, você pode comprar o que quiser e ser feliz.
Depois, conversamos em como o cinema trata a felicidade. Vimos que, segundo Hollywood, a felicidade é encontrar um grande amor.  E as Novelas? Todo capítulo final termina com casamentos e mulheres grávidas.
Discutimos também se a felicidade depende de nossas realizações. Essa discussão foi muito boa, vimos que muitas vezes a vida toma caminhos diferentes do que planejamos (Os planos de Deus podem ser diferentes do que planejamos). Se a felicidade estiver vinculada ao que planejamos como realização, podemos nos frustrar.
Usei até um episódio de “Os simpsons”, onde um filho do Ned Flanders ficou muito feliz ao realizar uma escalada para salvar o Bart Simpson, disse ao pai: “Nunca me senti tão feliz, e não estou falando da felicidade de igreja, estou feliz de verdade”.
Quando assisti a esse episodio, pensei: tudo bem, é só um desenho animado, e os Simpsons não são o que podemos chamar de um programa educativo, mas isso ficou na minha cabeça. Quantas pessoas talvez tenham passado suas vidas dentro de igrejas sem nunca ter se sentido realmente feliz,  e esse é o ponto! “Estar” em igrejas não é garantia de felicidade, a felicidade  que temos em Cristo, depende de um experiência única e pessoal com  Jesus, um experiência de entrega verdadeira.
Crescemos na igreja ouvido que a felicidade está em Cristo, cantamos muito “A alegria está no coração de quem já conhece a Jesus”.
Concluímos que somente conhecer isso não basta.  Se vivermos em Cristo, buscando a comunhão com Deus continuamente, poderemos viver com uma segurança que Ele está no controle. Essa é a Felicidade que somente encontramos em Cristo, a despeito das circunstâncias, essa felicidade consiste, ás vezes, na esperança que temos em Cristo de que através dele dias melhores virão.
Lemos alguns trechos da Bíblia como as bem-aventuranças (Mateus 5 3-10) e lemos também o Salmo 23, que termina assim:
“E eis que estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.
Foi muito legal essa discussão, porque pudemos trocar opiniões, conhecer as experiências de alguns e ver como a presença de Jesus faz com que apesar dos problemas, das crises, podemos ser verdadeiramente felizes, por termos a segurança que Ele estar conosco todos os dias.
Convido a você, leitor, a fazer essa reflexão conosco:
- Somos felizes?
- Condicionamos nossa felicidade às nossas realizações?
- Temos a segurança que Jesus está presente em todos os momentos?
- Qual o seu conceito de felicidade?
Jesus te chama: Vem ser feliz!
Um abração a todos,  e até a próxima!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O acaso


Segundo o Wikipedia, Acaso (do latim a casu, sem causa) é algo que surge ou acontece a esmo, sem motivo ou explicação aparente.”
Estive pensando nesses dias sobre o acaso.
Muitos se apegam ao acaso como uma força que motiva os acontecimentos (bons ou ruins) da vida.
Na nossa cultura, no pensamento popular, essa idéia está fortemente presente.
Vou destacar algumas músicas que falam desse tema:

·         Deixa a vida me levar – Zeca Pagodinho -  http://www.youtube.com/watch?v=XA2XL12eB-E
·         Pra onde tenha sol – Jota Quest - http://www.youtube.com/watch?v=hoNA77ICrr4
·         Vamos fugir – Gilberto Gil - http://www.youtube.com/watch?v=sxmjMwmC8Us
·         Vou deixar a vida me levar – Skank - http://www.youtube.com/watch?v=SLd_KsQ2NqE
·         O acaso – Pedro Mariano (Essa eu não conhecia, é lindíssima!! Descobri por acaso) http://www.youtube.com/watch?v=a-_D__vULXQ
·         Epitáfio – Titãs - http://www.youtube.com/watch?v=65kl-14nGMs

A música do Zeca Pagodinho (Deixa a vida me levar) virou praticamente o Hino Nacional na copa do mundo de 2002.  É Interessante ver nos shows como as pessoas cantam os refrões de mãos levantadas, olhos fechados, em êxtase. Até parece um culto gospel! Tente visualizar essa cena com as frases “O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído”  ou “Deixa a vida me levar, vida leva eu...”

Não estou criticando essas músicas. Gosto de muitas delas. Somente quero fazer algumas ponderações sobre essa força do acaso que supostamente “deixa a vida levar” “pra onde tenha sol” e por aí vai.

A Música “Epitáfio” mesmo,  (é a segunda vez que menciono essa no blog) acho fantástica. É uma meditação belíssima sobre nosso estilo de vida. O nome da musica nos sugere que o sujeito está morto, pois Epitáfio são frases escritas sobre lápides e placas para homenagear o falecido.

A música tem frases belíssimas como “devia ter amado mais..” ou “Queria ter aceitado as pessoas como elas são” letra completa aqui: http://letras.terra.com.br/titas/48968/

Entretanto, o refrão destoa totalmente dos versos. “O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído”. Não tenho conhecimento sobre o processo de composição da obra, mas me parece que esse refrão foi incluído por interesse comercial, para que a musica “grude” na cabeça das pessoas.

O que me incomoda nesses versos é a idéia de levar a vida dependendo do acaso.

Vou contar duas experiências que vivi, e vocês vão me entender melhor.
A primeira aconteceu assim:

Eu tinha 19 anos de idade (mais ou menos, não lembro exatamente) quando fui morar em Curitiba fiquei 11 meses lá.  Num Sábado pela manha, depois de assistir uma aula de Informática, voltava para casa, andando na Rua XV (conhecida como Rua das Flores). Essa rua é cercada por prédios centenários,  bem antigos mesmo.

Lembro bem que estava muito frio (Curitiba, né..) e eu estava encolhido, com a cabeça baixa, tentando proteger as orelhas daquele gelo. De repente ouço um estrondo a minha frente, e sinto minhas pernas serem atingidas por pequenos estilhaços de concreto. Como estava com duas calças por causa do frio, não senti muita dor.

Aconteceu que despencou um pedaço de laje a cerca de um metro a minha frente. Um segundo ou dois a mais, e eu não estaria aqui pra contar essa história.

Fiquei ali parado, na verdade paralisado, até que percebi que talvez seria perigoso ficar naquele lugar. Me afastei um pouco e sentei em um banco ali perto onde permaneci por algum tempo. Vi a movimentação de pessoas isolando a área, começou a chegar muita gente, repórter de rádio, TV. Agradeci muito a Deus por estar vivo. Depois, segui meu caminho e fui para casa.

A segunda experiência que quero contar aconteceu vários anos depois.
Foi uma época que eu trabalhei como autônomo desenvolvendo sistemas (software) para várias empresas.

Estava voltando de Curitiba (de novo, Curitiba), de carro, onde fui implantar um sistema para um cliente. Já tinha feito esse caminho algumas vezes, mas dessa vez errei o caminho. Acabei entrando numa estrada sem asfalto, mas tinha certeza que logo chegaria à rodovia. O tempo foi passando e a estrada foi ficando cada vez mais vazia, só havia fazendas em volta e já era noite.

A estrada era bem estreita e a vegetação em volta estava bem alta. Não havia mais nenhuma casa, nem luzes indicando casas de fazendas, mas a luz do farol refletia bem sobre tudo em volta. Eu estava nervoso com a situação, e ansioso para achar logo a rodovia.

Foi quando de repente tudo a frente ficou escuro. Era como a luz do farol tivesse se apagado. Parei o carro imediatamente.

Quando desci, vi que a luz do farol continuava acessa, e o motivo da luz não refletir mais era que não tinha nada a frente para ela refletir. O carro estava parado a poucos metros do que eu acho que era um daqueles lugares onde atracavam as balsas que faziam a travessia do rio Paraná.

Novamente, agradeci a Deus por estar vivo. Acredito que ele me manteve atento para reagir rapidamente e parar o carro. Se eu estivesse distraído, fatalmente cairia no rio, e o acaso não poderia me proteger.

Eu acredito que não foi o acaso que me protegeu daquela laje e de cair no rio. Jesus disse, em Mateus 28:20 – “Eu estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. Não acredito que com isso seremos imortais, ou viveremos para sempre. O fim chega para todos, mas enquanto estiver vivo, Ele estará comigo.

Minha segurança é Cristo. Sei que ele conhece todos os meus caminhos.
Deixo para vocês um dos textos bíblicos mais conhecidos, foi o primeiro que decorei (meus filhos também já sabem inteiro):

Salmo 23
O Senhor é o meu pastor; nada me faltará
Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas
Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome
Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam
Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias”

Que essa seja nossa confiança e nossa dependência esteja nele e não no “acaso”, pois Ele é quem tem cuidado de nós!